Eu realmente não sei explicar

“Parece muito idiota querer escrever sempre sobre a mesma coisa, tentar demonstrar sempre do mesmo jeito, praticamente com as mesmas palavras ou frases prontas. Mas parece ainda mais idiota pensar sobre a mesma coisa 24hrs por dia, tentar desviar os momentos que passam como um filme sem parar, tentar se livrar de um nome que me cerca a cada segundo e ainda assim, não escrever nada sobre isso. É estranho a gente se apaixonar. Já me apaixonei, já amei. Logo, quem ama, sofre. Sofri e como todo mundo, cheguei a acreditar que nunca mais aconteceria de novo, que não haveria mais ninguém que me fizesse feliz, mais ninguém que soubesse como me agradar em todos os sentidos e me deixar nas nuvens, imaginando encontros e lembrando das coisas mais BANAIS. Cheguei a tentar em outros corpos encontrar o que havia perdido, mas não passava nunca de sensações vazias, parecidas com gelo, pedra. Até que… Alguém especial apareceu. Tão especial a ponto de ter me deixado mais de um minuto imaginando uma palavra que pudesse descrever o jeito do encontro, o jeito da pessoa. Alguém que esteve do meu lado por alguns anos, por vários dias e que por rotina e circunstâncias, passava despercebido. Alguém que já chamava minha atenção, que já atraia meus olhares, que já me causava uma sensação estranha, um certo nervosismo à cada palavra. Eu realmente não sei explicar. Lembro de coisas tão tolas, que na verdade nem deveria lembrar. Coisas que deveriam passar despercebidas por mim, proibidas pra mim, mas que agora são essenciais. Cada sorriso, cada olhar, cada dia… Cada detalhe tão mínimo que me faz sentir feliz, confortável. Um dia eu passava a metros de você, sem me preocupar se você estaria ali ou não. No outro, eu já tinha você ao meu lado, dormindo com a cabeça encostada no meu ombro e pensando em como seria diferente se você não tivesse ali. Como seria se a gente, mesmo com tudo contra, não estivesse juntos. Como seria minha vida, agora, sem você. É pouco tempo, verdade. Mas pouco tempo vivido da mais intensa maneira, da melhor felicidade. Como seria se, entre tantas outras pessoas, em tantas maneiras que nossos caminhos podiam ter seguido, se o nosso não tivesse se cruzado, se eu não tivesse você do meu lado agora e se a cada segundo, eu não pensasse só em você. Eu sei! Seria chato, seria uma rotina sem surpresas, seria uma verdade sobre nunca mais me apaixonar. Meus risos continuariam existindo, mas não seriam tão felizes quanto são agora. Seria tudo, ou quase tudo, incompleto. Seria um arrepio a menos, muitas vontades reduzidas à inexistência e menos um coração acelerado a cada palavra, encontro, etc. Seria esquecer pra sempre o que é querer bem, o que é gostar de quem se tem… Seria não ter sentido mais uma vez, de um jeito ainda melhor, o fundamental que já não me importava mais. Seria passar por você na rua e ao invés de um beijo na boca com a maior vontade, um beijo no rosto sem graça. Seria estar sozinha ou com qualquer outra pessoa, que estaria só por estar. Seria estar sem quem me completa, quem combina meus gostos, melhora meus dias… E me faz apaixonar como se fosse a primeira vez, todos os dias.“

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Ah, fiz a umas semanas (eu acho), mas não tinha pensado em colocar aqui. Esse eu escrevi pra mim mesma, depois de finais de semana seguidos lendo amanhecer, vendo Crepúsculo todas as noites e engordando sem parar. Rsrs :D Espero que gostem! Pelo menos os apaixonados, tenho certeza! =]

Me desculpem a ausência, prometo que volto! =/

Beijos