Pode não durar pra sempre?

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E eu posso lembrar de tudo. Do primeiro dia em que te vi no meu portão, ainda como amigo, até a despedida (a SUA, porque eu nunca te disse adeus). Lembro do quanto tava frio aquele dia, e você no meu portão com uma camisetinha regata, uma calça jeans e uma bolsa que ficava de lado. E o quanto choveu logo depois que você foi embora e o quanto maior foi a minha vontade de te mandar voltar porque o meu quarto é um lugar bem quentinho. E as mensagens que trocamos logo em seguida, inderetas com mil diretas. E o quanto a gente se falava, sempre, mesmo que não tivesse nada pra falar. E o quanto eu me sentia viva em te encontrar e rir sem parar, em fazer besteira, em parecer criança fazendo coisa que não se deve, escondido. E o quanto a gente combinou de primeira e de segunda, terceira… Infinitas vezes, a gente sempre combinava. E quando você chegava era lindo demais. Seu sorriso esclarecia as coisas, nos seus braços eu era tão mais eu. E a gente não tinha nada a perder, nada pra fazer e isso era ótimo. Era como não fazer nada e descançar depois. Ou então fazer as melhores coisas do mundo, com a melhor companhia do mundo, e isso se repetir a cada dia, sem parar ou cansar. Passar tardes na piscina, comendo chocolate (até que eu gostei do seu beijo de vacadiamentenegro), sem preocupação nenhuma na cabeça e muita paz no coração, era um vício. E aquela cara linda e sem pudor nenhum que você fazia quando queria alguma coisa de pudor ainda menor (e sempre conseguia) era a minha maior tentação. Gostar de você era a minha tentação. Você por inteiro me testava. Você era tudo que fazia bem. Você é, ainda, tudo que eu quero que me faça bem. Esses dias chatos e nada parecidos com os dias ao seu lado me fazem enxergar você e a saudade que ficou. A piscina ainda tá aqui, eu ainda sei fazer pavê e aprendi a fazer o brigadeiro que você tanto dizia saber fazer. E eu repito que não preciso de você pra nada. Mas, eu faço as mesmas coisas, sempre, e quando olho pro lado, eu já não te tenho mais. E então, não tenho mais quase nada. Eu to muito mais inteligente e bonita também, mas ainda sou tão sua. E meus beijos ainda são tão seus, meus cuidados, todo o meu corpo quer você. Minhas pernas agora têm uns roxinhos lá e cá, mas é tudo por causa do pole dance que eu ensaio tanto pra dançar tanto pra você. E meu cabelo tá maior, mais claro e nesse meio tempo comprei cinco pares de lentes de contato, sendo que não uso nenhuma. E tudo, todo o resto é indiferente demais se não tem você pra agradar. E o vazio que você deixou quando me deu aquele último abraço, implora por você de novo. Você no meu portão, com regata ou casaco, chinelo ou tênis; contanto que seja você e que ao invés daquele último abraço que me fez chorar por 5 dias e noites seguidas, seja um recomeço. E que você traga aquela cara e aquele jeito de volta, porque não existe mais ninguém assim. Você tá longe de ser o melhor, mas gostar não faz sentido e agora eu te quero como sempre e como nunca também. Seu idiota, permita-se, pois eu realmente espero que isso não dure pra sempre.

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